quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Vulcão na Islândia

Vulcão Bardarbunga é mais perigoso do que o de 2010, diz geofísico O vulcão Bárðarbunga (pronuncia-se Bardabunga), na Islândia, está com alto risco de erupção, avisou a agência meteorológica islandesa MET, nessa segunda-feira (18). No dia 16 de agosto o vulcão iniciou uma intensa atividade sísmica. A agência evidenciou movimentação de magma a menos de 10 km do nível do solo, e advertiu que houve aumento de chance de ocorrer uma erupção vulcânica. Na segunda-feira ocorreu um terremoto de 4 graus na escala Richter em regiões próximas ao vulcão, onde não há abalos sísmicos dessa magnitude desde 1996. O MET alterou para laranja o nível de risco para aviação, utilizado para quando a chance de uma erupção ocorrer é alta. Em 21 de março de 2010, o vulcão islandês Eyjafjallajokull (Eiafiátlaiocutl) entrou em erupção, prejudicando grande parte do tráfego aéreo da Europa por causa da coluna de fumaça e cinzas expelidas. "Atualmente não existem sinais de erupção", relatou o MET. Porém, a agência disse que não pode excluir a possibilidade da atividade resultar em uma erupção explosiva subglacial, levando à emissão de cinzas e liberação de magma. "A situação está sendo monitorada de perto", finalizou. Além do risco de erupções de magma, o alerta sinaliza possíveis propagaçoes de cinzas e água glacial derretida. Apesar da baixa probabilidade de acontecer novamente um incidente como o de 2010 que afetou as rotas aeroviárias do mundo todo, pouco se sabe sobre os vulcões ativos. Para Dave McGarvie, professor de vulcanologia da Open University, o centro das atividades sísmicas estão suficientemente distantes do coração do maior vulcão do país, o que torna menos provável uma emissão de cinzas como a de 2010. No entanto, pouco se sabe sobre os vulcões gigantes para garantir que eles não entrariam em erupção. Na hipótese dos tremores atingirem o epicentro do Bardabunga, a explosão poderia ser tamanha que faria o episódio de 2010 com o vulcão Eyjafjallajökull parecer pequeno. Atividades históricas
O Bardabunga está abaixo de uma geleira e compõe o maior sistema de vulcões da Islândia com mais de 200 quilômetros de extensão. Na última vez em que entrou em erupção, em 1910, sua atividade foi amena. Já em 1477, sua erupção foi uma das maiores já registradas na história, atingindo o índice 6 de explosividade vulcânica (IEV), que vai de 0 a 8. O geofísico Fernando Carrilho admitiu que o vulcão islandês Bardarbunga, que entrou em atividade no sábado, é "mais perigoso" do que aquele que provocou o caos na Europa em 2010, mas sublinha ser cedo para prever consequências. vulcao-bardarbunga-islandiaEm declarações à agência Lusa, o chefe de divisão de geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Fernando Carrilho, explicou que a zona está a ser monitorada pelo instituto meteorológico islandês, destacando que ainda "é especulativo" saber se a erupção vai, de facto, ocorrer. Correio da Manhã - 19/08//2014 - Canaltech Fonte: http://geofisicabrasil.com/

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Rochas inteligentes?

Rochas inteligentes vão impedir que pontes caiam

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/07/2014
Rochas inteligentes vão impedir que pontes caiam

Em primeiro plano, protótipo de uma rocha inteligente passiva. Ao fundo, uma rocha inteligente já pronta para uso, recoberta com cimento - ela pesa cerca de 25 quilogramas.[Imagem: MST]
Monitoramento de erosão
Elas não são exatamente "tijolos inteligentes", mas o conceito é o mesmo.
A ideia é embutir sensores para o monitoramento das obras civis nos próprios materiais usados nas construções.
Para o monitoramento de pontes, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Missouri, nos Estados Unidos, desenvolveram o que eles chamam de "rochas inteligentes".
As estruturas, de formato esférico, foram projetadas para serem despejadas nas fundações das pontes e no leito dos rios ao redor da construção.
Uma das principais causas de colapsos de pontes é um processo de erosão onde o fluxo da água leva embora o solo do leito do rio, criando buracos ao redor dos pilares.
As rochas inteligentes são redondas justamente para rolar para o interior dessas fossas que se formam ao redor dos pilares, informando continuamente aos engenheiros a sua profundidade, o maior indicador de risco para a estrutura da ponte.
"É um conceito simples, mas muito útil. As rochas inteligentes seguem o rastro da progressão da erosão - conforme ela se aprofunda, as rochas também mergulham mais e mais para o fundo," explica o professor Genda Chen, que desenvolveu o projeto com seus colegas David Pommerenke e Rosa Zheng.
Rochas inteligentes vão impedir que pontes caiam

Esquema de utilização das rochas inteligentes para monitoramento da estrutura de pontes. [Imagem: Genda Chen]
Rochas ativas e passivas
O grupo está testando três abordagens para as rochas inteligentes: passivas, ativas e semiativas.
As rochas inteligentes passivas levam um ímã que pode ser lido por um magnetômetro remoto, permitindo uma medição de profundidade.
As rochas inteligentes ativas possuem uma completa eletrônica embarcada, incluindo sensor de pressão, giroscópio, temporizador, indicador de bateria e identificador individual, transmitindo dados através de comunicação sem fios.
As rochas inteligentes semiativas incluem um ímã de rotação livre, que pode ser controlado com circuitos eletrônicos apropriados.
Para suportar os rigores do ambiente, todas são recobertas com uma camada de cimento.
Os pesquisadores agora estão se preparando para retirar do rio os primeiros protótipos que eles lançaram ao redor de duas pontes e ver como a estrutura se comportou e qual será a estimativa de sua vida útil.
No caso das rochas inteligentes ativas, suas baterias duram até 10 anos.
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/